Gérald Bloncourt, “passages clandestin d’immigrés portugais à travers les Pyrennées – mars 1965”

quarta-feira, 20 de junho de 2012


A Organização informa que o prazo para o envio das propostas foi prolongado até ao 
dia 10 de Setembro de 2012

Call for Papers


Lisboa, 13 e 14 de Dezembro de 2012

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa



Os estudos sobre fronteiras, ou border studies, são cada vez mais numerosos, afirmando-se como área autónoma de estudo em algumas universidades americanas. Este incremento resulta, em parte, da politização e do encerramento da fronteira entre os Estados Unidos da América e o México pela qual passaram ilegalmente milhares de migrantes latino-americanos. Com esta nova área de estudos, o termo fronteira alargou o seu âmbito: hoje o objectivo não é apenas estudar as fronteiras que separam dois Estados soberanos, como também as fronteiras sociais, étnicas, culturais. É neste sentido que a língua inglesa distingue diferentes fronteiras usando os termos boundaries, limits e frontiers.
Estes trabalhos abrem novas perspectivas que podem ser transpostas para a análise das fronteiras e mobilidades neste mesmo espaço geográfico e temporal.


Neste colóquio internacional procura-se reunir propostas que possam contribuir para a análise das estratégias e das práticas de diferentes actores que operam nas fronteiras: os que favorecem as mobilidades transnacionais (como passadores ou transportadores); os que as vigiam (as autoridades fronteiriças e policiais). Pretende-se articular o estudo das fronteiras e das mobilidades com as principais problemáticas que marcaram a investigação em ciências sociais sobre o século XX ibérico. Três temas podem ser privilegiados:


  • Como as ditaduras ibéricas foram gerindo as mobilidades e as fronteiras; como é que o controlo das mobilidades e das fronteiras se inseriu na «economia política da repressão» levada a cabo, especialmente, pelas ditaduras iniciadas nos anos 30; em que medida as migrações – legais ou ilegais – podem ser consideradas como formas de resistência (da mobilidade como «arma dos fracos» às redes clandestinas de passagem das fronteiras organizadas pelos movimentos políticos).

  • Os conflitos do século XX produziram importantes movimentos de fuga e de exílio fizeram das fronteiras locais dramáticos – a trajectória de Walter Benjamin é disso exemplo. Assim, os estudos sobre a travessia de fronteiras durante a Guerra Civil Espanhola ou a Segunda Guerra Mundial (fuga de populações europeias em trânsito para as Américas; movimento dos «évadés de France») inscrevem-se perfeitamente no âmbito do nosso colóquio.

  • A questão das mudanças das fronteiras ibéricas provocadas pela entrada na União Europeia. Se os dois países ibéricos se afirmaram também como países de imigração e, sobretudo no caso de Espanha, como países de passagem, de que modo a livre circulação de cidadãos europeus imposta pela União Europeia e a implementação de dispositivos de controlo da imigração extra-europeia transformaram as fronteiras ibéricas e o próprio conceito de fronteira?

O colóquio pretende promover a interdisciplinaridade e acolher comunicações oriundas das várias disciplinas das Ciências Sociais.


As línguas serão: português, espanhol, francês e inglês.


Os interessados devem preencher um formulário (somente em word) com um resumo da comunicação (máximo de 500 palavras) e um breve CV (máximo de 150 palavras) que deverão enviar, até ao dia 10 de Setembro de 2012, para o e-mail: fronteirasemobilidades@gmail.com

As respostas serão enviadas até 17 de Setembro de 2012.
 

Data limite para envio das comunicações: 1 de Dezembro de 2012.

Para mais informações, por favor consulte o nosso blog: fronteirasemobilidades.blogspot.pt



Organização: IHC-FCSH-UNL

Comissão Organizadora:
Victor Pereira (IHC-FCSH-UNL e Universidade de Pau)
Marta Silva (IHC-FCSH-UNL)
Yvette Santos (IHC-FCSH-UNL)
João Baía (IHC e IELT/FCSH-UNL)

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